A preocupação com o consumo de produtos químicos é crescente no saneamento. Com a esperada modernização do setor e fiscalização, ela deve fazer parte no cotidiano dos responsáveis pelo tratamento de efluentes, tendo em vista o que já ocorre em algumas companhias um pouco mais avançadas. Apesar da poluição dos mananciais apresentar vários casos de “overdose” de cloro, coagulantes inorgânicos (sulfatos férrico e de alumínio, cloreto férrico) e alcalinizantes, há muitos trabalhos de otimização de processo e em mudanças de ponto de dosagem para reduzir principalmente o uso de coagulantes e do cloro.
Como atividade por si só a favor do meio ambiente, tendo em vista seu objetivo de recuperar áreas contaminadas pela ignorância ou pelo desleixo humano, os projetos de remediação de efluentes domésticos ou industriais nunca devem se dissociar dos ecossistemas em que estão inseridos.
Sob o risco do fracasso ou da ineficácia, qualquer obra séria, que normalmente se baseia em processos de remoção física das fases contaminantes, deve começar com tratamento primário de biorremediação, com inoculação de microorganismos selecionados, que trata exclusivamente da remoção de compostos que contém carbono, a coagulação de sólidos coloidais e a estabilização da matéria orgânica podem ser conseguidas biologicamente através da ação de microrganismos, principalmente bactérias. Estes microrganismos são capazes de converter os compostos orgânicos coloidais e dissolvidos em vários gases e biomassa (tecido celular), que tende a flocular espontaneamente promovendo uma aceleração congênita.
Tratamento com biotecnologia – O Sistema não precisa ser mecanizado e é anaeróbio. Baseia-se no aumento da eficiência do processo natural, adicionando-se “BIOCHAMP” bactérias naturais selecionadas e concentradas. As bactérias utilizadas são aquelas com maior capacidade para decomposição, conforme o material predominante no efluente. O processo consiste na inoculação contínua das bactérias no fluxo de efluente, o qual deverá ser retido durante algum tempo. Os tanques ou lagoas para tratamento não precisam ter um formato especial e não têm limite de profundidade. Esse processo reduz a geração de lodos e o aspecto importante a considerar é a segurança – o composto de bactérias não pode ser tóxico ou patogênico, isto é, não pode provocar qualquer dano à vida vegetal ou animal…, na biota em geral.